Complexa, intensa, volátil, incerta e desafiadora - esta é a era em que vivemos. O dia a dia marcado por uma avalanche de informações e constantes mudanças políticas e culturais impacta - como nunca - as relações de trabalho e a nossa maneira de estar no mundo.
Os desafios para os profissionais atuais são muito mais complexos do que em outras décadas. As necessidades das empresas - e dos próprios indivíduos - transformam-se rapidamente.
Nesse contexto, uma das esferas de maior impacto nas sociedades é a educacional. O que aprendemos na escola de fato contempla o desenvolvimento de habilidades fundamentais para as novas dinâmicas? Quando nos formamos no ensino médio, estamos preparados para entender o mercado de trabalho e traçar um caminho inicial? E quando finalizamos a graduação: as vivências e competências dialogam com as relações de trabalho e os anseios dos mercados?
Pesquisadores de todo o mundo afirmam que as próximas décadas serão marcadas por um novo modus operandi: a necessidade de um contínuo aprendizado, tanto para o âmbito profissional quanto para o bem-estar pessoal.
Uma das referências nesta área de estudo é o cientista e educador Seymour Papert que propôs uma nova forma de aprendizagem. A experiência como professor de matemática o levou a criar o software Logo, na década de 1960, no qual as crianças apropriavam-se da linguagem e do raciocínio dos programadores para pensar como matemáticos, e não somente realizar operações matemáticas.
Seymour Papert acreditava que o sistema educacional não desenvolvia homens e mulheres críticos e criativos e que era preciso torná-lo ativo e integrado aos artefatos tecnológicos. Os estudos de Papert inspiraram a criação do movimento da Aprendizagem Criativa, desenvolvido no MIT Media Lab (Massachusetts Institute of Technology), no núcleo Lifelong Kindergarten, cujos pilares são os 4 Ps:
Projects (projeto)
A aprendizagem é muito mais significativa quando engajada em um projeto real e relevante para aqueles que estão envolvidos, no qual é possível planejar, pesquisar, prototipar, com sorte errar e aprimorar a solução.
Passion (paixão)
A paixão é o combustível para a aprendizagem criativa: quando nos conectamos a um tema, nos dedicamos mais e enfrentamos desafios de maneira mais persistente
Peers (pares)
O conhecimento é construído de forma coletiva - sempre. Por isso, o compartilhamento de ideias e a cooperação são transformadores para o desenvolvimento do projeto e, consequentemente, da aprendizagem.
Play (pensar brincando)
Quando brincamos, o erro não é algo ruim: apenas uma etapa. Um processo mais lúdico impulsiona a criatividade e permite prototipar ideias.
Nós da Expo Ensino acreditamos em um mundo com pessoas ativas, críticas e, como disse o grande dramaturgo norte americano Alan Alda, corajosas o suficiente para viver uma vida criativa!
Por Carolina Jansen
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